Troia,30 de maio
Minha querida Penélope,
Quando leres esta carta já estarei a caminho de casa. Espero que esteja tudo bem contigo e com o nosso filho Telémaco. Vou-te contar como venci os horríveis troianos.
A
batalha foi dura e longa. Mas a minha esperteza venceu os troianos e vencemos a
guerra. Agora vou-te contar como foi a nossa vitória.
Estava a analisar se os troianos tinham alguma fraqueza mas não descobri nenhuma; por isso,
pus-me de um lado para o outro até que tive uma ideia brilhante. Construí um cavalo de madeira e escondemo-nos no bojo do animal. Fiz uma porta numa das patas para pudermos sair e tranquei-a bem trancada. Alguns dos meus homens empurraram-nos para o pé das portas da
cidade de Troia e fugiram para as montanhas como combinado. Passados alguns dias, os troianos abriram as portas da cidade para observarem um cavalo deslumbrante.
Uns disseram “queima-se” e os outros, “destrói-se com machados”. Eis que um disse “vamos oferecê-lo aos deuses pela nossa vitória”. Nós estávamos cheios
medo dos machados e do lume, mas a oferta acalmou-nos. Deste modo, levaram o
cavalo para a praça principal e durante os dias seguintes comeram e beberam à
farta. Por isso, após o terceiro dia, ninguém tinha reação. Fomos até às portas
da cidade e os soldados, que nos esperavam lá fora, entraram com as armas na
mão.
Foi a destruição
total! Salvámos Helena e neste momento preparamo-nos para partir de regresso à
nossa querida Ítaca e ao tão desejado lar. Nem imaginas as saudades que sinto
de te abraçar!
Prometo chegar muito
em breve.
Recebe
um grande beijo do teu,
Ulisses
PS: Manda um beijo a nosso filho Telémaco.